O balanço patrimonial é uma peça-chave, uma das ferramentas mais importantes para qualquer empresa. Ele permite que toda a estrutura patrimonial de uma organização seja apresentada de maneira resumida e com facilidade de compreensão até mesmo para leigos, mostrando facilmente a situação em que o negócio se encontra.
O documento mostra a exata da realidade financeira do negócio naquele momento específico. Assim, ele vale não só para cumprir exigências legais, mas também para fazer com que os planos internos de curto, médio e longo prazo possam ser alcançados. E esse perfil de maior clareza ajuda os gestores a tomar decisões mais acertadas a partir da sua análise.
Qual a importância do balanço patrimonial
Além de ser obrigatório por lei, o balanço patrimonial é a demonstração contábil mais importante da empresa. Ele não serve apenas para cumprir exigências legais, mas demonstra, por exemplo, com clareza para onde está indo o dinheiro.
O documento permite aos gestores fazer uma série de análises financeiras do negócio, ajudando a planejar o futuro da empresa com mais clareza e segurança, além de ser uma ferramenta importante na redução de custos e na administração de riscos.
Por meio do balanço patrimonial, é possível planejar o parcelamento das dívidas, evitar processos judiciais e administrativos e buscar a diminuição da carga tributária.
O que é capaz de demonstrar
O Balanço Patrimonial aponta todos os valores monetários existentes, o que possui em caixa, direitos de curto e longo prazo e obrigações com terceiros, aumentando a possibilidade de análises temporais da empresa. Assim, pode-se analisar o que possui de estoque, dívidas com fornecedores, empréstimos, obrigações com folha de pagamento e qualquer outro item que possa ser mensurado e que tenha comprovação correta perante toda legislação e normas brasileiras. Com disso, o gestor consegue ter visões claras da situação da empresa.
Quando é obrigatório
O balanço patrimonial de uma empresa é obrigatório por lei. A sua previsão está no art. 1.179 do Código Civil, que estabelece a obrigatoriedade das escriturações contábeis empresariais. As normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) também declaram o documento como obrigatório.
A legislação determina que todas as empresas devem elaborar o seu balanço patrimonial, inclusive aquelas que optam pelo Simples Nacional, com exceção somente para o pequeno empresário e o empresário rural ao qual se refere no art. 970 do Código Civil, sendo o primeiro com receita bruta anual de até 36 mil ao ano. Se não o fizer poderá sofrer sanções administrativas, como não poder participar de licitações públicas, nem requerer a recuperação judicial, por exemplo.
Qual a sua estrutura
O balanço patrimonial deve apresentar um formato simples e padronizado. A estrutura está definida na Lei das S.As (Lei 6.404/76), que determina que o documento é dividido em três partes: o ativo, o passivo e o patrimônio líquido.
O ativo
O ativo envolve todos os bens, direitos e demais recursos já aplicados pela empresa para gerar benefícios econômicos futuros. Na prática, são os investimentos que o negócio realiza para obter lucro, e é dividido em dois tipos. O ativo circulante, que abrange os valores que circulam dentro do exercício social seguinte, e o ativo não circulante, que envolve os bens de permanência duradoura e que são destinados ao funcionamento normal da empresa.
O passivo
O passivo diz respeito às contas destinadas ao cumprimentos das obrigações com terceiros. É dividido também em circulante, que compreende o pagamento das contas a um curto prazo, em geral de até um ano, e passivo não circulante, que envolve as contas a serem liquidadas a longo prazo, ou, então, após 12 meses.
O patrimônio líquido
O patrimônio líquido compreende os recursos próprios da empresa, ou seja, representa a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo, sendo formado por:
- Capital social;
- Reservas de capital;
- Ajustes de avaliação patrimonial;
- Reservas de lucros;
- Ações em tesouraria;
- Prejuízos acumulados.
Quando o ativo é maior do que o passivo tem-se o patrimônio líquido e, caso contrário, é chamado de passivo a descoberto. Nestes casos, a expressão deve substituir a de patrimônio líquido no balanço social.
Como fazer um balanço patrimonial
O balanço patrimonial de uma empresa é feito a partir da reunião de todos os lançamentos contábeis que foram realizados durante o ano, como as entradas e saídas de recursos e as compras de mercadorias, por exemplo.
Devido a essa complexidade técnica que a sua elaboração exige, as empresas costumam terceirizar o serviço, pois somente um contador qualificado e focado nos números da empresa consegue apresentar um estudo preciso e sem possibilidades e falhas ou erros contábeis.
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